quarta-feira, 28 de abril de 2010

O mundo é uma roda


Ela estava triste. Eu, sentado a distancia de algumas fileiras à observava. Numa sala de espera de um hospital, conseguiu ter um destaque entra varias mulheres, varias médicas ( ohh ).
Pobre coitada, não estava bem. Estava numa cadeira de rodas. Com algum familiar em sua volta, conversando enquanto esperavam, ela não foi capaz de esboçar nem um sorriso, nem o mais bobo que fosse.
Ela era uma mulher linda. Eu, não conseguia tirar os olhos de suas pernas na cadeira de rodas e pensar o que tinha acontecido. Não haviam marcas nem nada, estavam perfeitas. Milhares de problemas passaram por minha cabeça. Eu sou tolo.
À olhando, sem ser nem um pouco discreto, meu índice de curiosidade e de pena aumentavam por ela. Eu queria ir lá e saber como ela estava,perguntar o que tinha acontecido, tirar o melhor sorriso possível que aquela boca poderia me dar. Mas o tempo não é meu aliado. Apareceu um homem ao seu lado. Marido ou irmão, eu nunca vou saber... até porque, não importa mais.
Nós dois ainda estávamos sentados esperando nos chamarem. Mas não por muito tempo. Ela é chamada primeiro. O homem se levanta, para empurrar a cadeira de rodas, penso eu, mas como já disse: sou tolo.
Para minha surpresa, a mulher se levanta do seu assento privilegiado, pega algum apoio no homem e vai apenas mancando para o consultório. Eu vejo aquilo, dou um sorriso, muito sarcástico, com o canto da boca e penso: '' ... a vagabunda só tava mancando ... ''
Todo o ''sentimento'' possível que eu poderia ter criado por ela, estavam descendo as suas longas pernas a cada passo dado.

Fabricio Iori

domingo, 25 de abril de 2010

Morra

[Imagem Censurada rs]

Ages como um padre pedófilo, não tem moral pra falar nem do mais beta de todos os homens.
Com piadinhas mais ou menos e sem a minima coragem, tu vens fazer gracinha como se me conhece-se a anos, sabes muito bem que a amizade que tivemos, se perdeu a tempos.
Hoje eu me sinto bem por te chutar do meu ciclo, de saber que tu choras para as amiguinhas ( porque macho nenhum vai querer ter um amigo como tu ) que nós te excluimos e acredite não a mais receio nenhum em nós ao fazer isso.
Tua falsa auto-estima, que vai te dizer adeus no primeiro "não" que receber, te faz pensar que és superior a mim e a meus amigos, mas saiba que ser amigo de um troxa e ter uma infinidade de depoimentos não te torna alpha, muito menos mais maduro que nós, aliás, nós costumamos honrar nosso nome e cumprir o que "falamos".
Agora, eu só peço pra ti refletir e entender que enquanto tu fazes piada com coisas sérias, nós estamos todos um passo a frente, rindo e gozando da liberdade que conquistamos. Eu torço, que um dia se tu tornes maduro o suficiente para respeitar o próximo e entender que mereçeu tudo o que recebe.

Os mais inteligêntes sabem de quem se trata, grato pela atenção. Menezes, Matheus.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

don't worry be happy


'' In every life we have some trouble,
Durante toda a vida nós temos algumas dificuldades
When you worry you make it double
Quando você se preocupa, você a faz dobrar
Don't worry, be happy
Não se preocupe, seja feliz ''

É com uma pequena parte da letra da música '' Don't worry be happy '' do Bob Maley que eu começo a desenvolver meu raciocínio ou minha crítica.
Nós humanos, em geral, vivemos bastante ( apesar de muitos pensarem ao contrario, tipo quem nunca escutou alguma frase parecida com: '' ah a vida é muito curta para blá blá blá...'' ), nós todos passamos por muitas dificuldades ou fatos que não nós agradam nem um pouco, mas é a vida, isso sempre vai acontecer e nós não iremos conseguir mudar esses fatos. Mas não é só por isso que precisamos ficar nos martilizando, por causa de uma coisa que aconteceu e você não gostou. Apesar de ser da nossa natureza, nós precisamos parar de nos preocupar um pouco e começar a viver mais, a sermos felizes.
Eu faço esse texto, pensando um pouco em mim, apesar de eu estar sempre rindo, aparentemente feliz, é dificil, não são todos os dias assim, quem me conhece sabe que teve dias que eu tava um pé no saco, nem eu me aguentaria ( mas foram por ''influencia extras'' e não... não foram drogas rsrs ). Mas observando todos os dias, na minha propria sala de aula, eu vejo pessoas a quase dois anos que eu não tenho uma imagem guardada na minha cabeça, da pessoa sorrindo, eu olha e só vejo tristeza, não consigo ver a felicidade nos seus olhos.
Esqueça tudo de ruim que está acontecendo a sua volta, e torne o ambiente onde você vive melhor... Don't worry be happy.

Fabricio Iori

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Simples assim.


Eles formavam um casal diferente, ela o completava como nenhuma outra havia lhe completado em toda vida. Já ela não se sentia tão satisfeita assim afinal,este não é um conto hollywoodiano.
Mesmo com a insatisfação de uma das "partes" eles seguiam juntos, a felicidade deles era contagiante, ela lhe fazia feliz...completo e ele a ajudava a manter o equilíbrio em sua vida ( talvez fosse esse o motivo dela ainda estar com ele ).
As noites deles era quentes, e por mais que brigassem isso só aumentava seu tesão e carinho um pelo outro. Eles não tinham medo de cair na rotina, a algum tempo eles tinham definido que a palavra rotina, não estaria no vocabulário de nenhum deles.
Um dia, convidaram-lhe para ir a um churrasco com os amigos, cerveja, futebol, rir e talvez ir a alguma festa ou a um bar para lembrar dos velhos tempos. Ele não gostou muito da ideia, não se sentia bem saindo sem ela, então depois de discutir muito, acabou cedendo. Com a desculpa de que teria de ir a uma reunião urgente, caiu na noite com seus amigos.
As primeiras duas horas fizeram lembrar de seus 18 anos, havia esquecido de todas responsabilidades, só queria saber de se divertir com seus amigos...Até que um deles cogita de irem para um bar, exercitar os "dons" que haviam aprendido com a vida. Ele como disse a todos, iria só para assistir e quem sabe auxiliar.
Chegando lá, a procura de uma mesa ele se deparou com a cena que parou seu coração...ela estava lá, seus olhos verdes brilhantes eram inconfundeveis, de mãos dadas com algum estranho, ele não acreditou no que via...não acreditava que ela teria coragem de tocar fora toda aquela perfeição que era sua relação para ele. Em apenas um segundo, ele passou a pensar o porque disso...começou a lembrar e duvidar de todas as vezes que ela dizia que ia sair para jogar tenis ou compras com suas amigas e só voltava a tarde nos finais de semana.
Como reflexo do que viu, ele correu para fora tombando em uma meia dúzia de pessoas. Precisava ficar sozinho, entender que tudo que ele e ela vinham construindo era apenas uma ilusão. Ao chegar em casa ele deitou em sua cama, lágrimas caiam de seus olhos como nunca, a ultima visão que tive foi sua mão indo até uma gaveta meio travada e pegando algo.
Enquanto isso ela se dirigia a casa, correndo como nunca fizera, pois tanto ela como todo resto do bar, haviam visto aquele homem alto correndo para fora com lágrimas nos olhos, logo ela identificou que era ele, sem contar que ouviu os amigos dele nada sóbrios gritando frases de apoio e chingando-a.
Naquele momento no carro, ela percebera que no final ele sempre foi tudo que ela procurava, mas sua imaturidade não a deixava ver isso. Chegando em seu prédio, ela correu para a porta mas só ouviu um único som.
Então adentrou ao quarto já chorando, tomada pelo medo e pela culpa, logo avistou o corpo dele...Jogado ao chão e um pequeno bilhete sujo de sangue ao seu lado, correu para o ler:
"Desculpe pela bagunça. Obrigado por tudo e continue a iluminar a vida dos outros. "
Menezes, Matheus :D

Extra Extra!!!!


No dia 14/4, ocorreu o movimento estudantil '' Voto aos 16 ''. O movimento tinha como ideia reunir os estudantes de varias escolas de Porto Alegre, e leva-los ao Tribunal Regional Eleitoral ( TRE ) para que todos possam ter voz ativa já nessa próxima eleição, que será para: Presidente, senador, governador, deputado estadual e federal.
O movimento foi realizado graças aos grêmios estudantis e a mais uns ''mano'' ai que eu não sei os nomes, então me desculpem mas eu não vou falar do que eu não sei : /
O colégio Glicério Alves conseguiu mobilizar 90 alunos ( provavelmente a escola com maior número ), como também foi a primeira a chegar, proporcionou o merecido descanso de seus alunos na sombra e a oportunidade de rir dos jovens que ainda estavam na longa e fila e no calor do sol (obviamente... os alunos do Glicério passaram pelas mesmas coisas), mas vale tudo para tentar deixar o nosso país em ''boas'' mãos.

Fabricio Iori

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Crise de Personalidade

" Penso, logo existo. "
Disse Descartes;
Existo mesmo?
Pensamentos estes que me destroem e arrebatam minhas esperanças.

Sempre foi fácil lhe ver.
Distantes rir.
Agora até o espelho é dificil encarar;
Já não sei o que sou, não sei porque sou.


Tudo graças a você,
Que irreleva minhas palavras,
Como meras folhas soltas ao vento.
Menezes, Matheus (breve o livro, Memórias de um Deprimido :D )

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Frases feitas...

Ideias movem o mundo...
Ideias movem o mundo e você não as tem sentado no sofá assistindo TV...

vamos deixar de usar frases só pq soam bem em nossos orkuts...
mover o mundo não quer dizer ser dono de grandes empresas ou abolir a fome mundial...
quer dizer que cada dia antes de dormir...
você olhe para traz e sinta que deixou este planeta
pelo menos um pouco mais feliz e justo que ontem...

e para terminar mais uma frase bonita:
Seja a mudança que você quer para o mundo... Ghandi
quer dizer:
ta achando ruim?
faz alguma coisa para muda..

Postado por Fabricio Iori, e escrito pelo correspondente internacional Tomas Vieira

sábado, 3 de abril de 2010

Breu noturno


A noite caiu,
o sol se despediu.
Lhe esperei a tarde inteira,
onde está você ?

As estrelas estão posicionadas,
entretanto, você está atrasada.
Uma rara cadente desceu
Na noite fria eu esperei, mas não apareceu.

Ontem combinamos de nos ver,
ultimamente, é a única que me escuta
Já se cansou de mim ?
Parece, pois a noite está chegando ao fim

No breu noturno,
para casa, eu vaguei a beira mar.
Olhando para o céu, eu penso:
Uma noite sem luar.

Fabricio Iori

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Um viva a inclusão digital¹

Thiago teve uma infância normal, super nintendo, Mário, Mortal Kombat, brincar de Dragon Ball e tudo aquilo que muitos de nós vivemos. Aos 11 anos seu pai comprou o primeiro computador da família, mas ele não sabia os problemas a longo prazo que este computador traria para seu filho.
Thiago estava maravilhado com a ideia de ter um computador, todos aqueles jogos que ele sempre quis jogar, estavam praticamente em suas mãos...Com o passar dos anos ele desenvolveu ao máximo sua inteligência, resultado das horas jogando jogos de estratégia e rpgs.
Tudo andava muito bem, notas médias no colégio, quando queria, máximas, reconhecimento tanto dos colegas, como da família. Mas um dia ele descobriu que a balança de sua vida estava desequilibrada, de um lado seu intelecto era ótimo mas do outro seus relacionamentos, confiança e habilidades sociais estavam no zero, ele percebeu que havia cabulado as aulas da vida.
Ele havia se tornado alguém ansioso, extremamente tímido, as vezes ele não tinha nem coragem de comprimentar algum desconhecido que estivesse no seu grupo de amigos.
Por sorte, ele percebeu que se quisesse poderia mudar ele ainda tinha tempo para se tornar alguém melhor e também tinha amigos que lhe apoiavam e evoluiriam com ele, então começou sua revolução pessoal. Alguns diziam que tudo porque ele estava batalhando acontecia baseado em motivos egoistas, mas ele via além disso, sabia que se tornando alguem melhor, todos a sua volta se beneficiariam disso.
Desde seu estilo até seu modo de pensar, ele mudou, tudo. Aprendeu que seus medos nasciam de suas inseguranças e depois de muito batalhar, se tornou o homem confiante que sempre desejou ser.
Estamos cercados por Thiagos; Eu enfrento diariamente ele e a cada dia observo mais Thiagos alguns se escondem atrás de seus medos, outros lhes superam e descobrem que podem dominar suas vidas ou como diria Marcelo D2, "...O controle tá na tua mão e o jogo é pra você[...]²"

Menezes, Matheus.

1: Sim, eu sei a definição de inclusão digital.
2: Loadeando - Marcelo D2

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Mãos na cabeça


Típica noite de quarta, eu e meus amigos jogamos futsal aqui em Belém mesmo, jogamos à uns dois anos, já é uma rotina. Mas essa ultima quarta nos aguardava o inesperado. Uma invasão de policias/militares que ocorrerá desde o inicio da semana me deixava curioso. Eu nunca tinha visto tantos policiais por aqui, logo me veio a cabeça que alguém podia ter fugido da cadeia ou algo assim. Pois bem, eles estão tentando fazer seu trabalho, prender os bandidos e tal.
Tomando uma sagrada coca-cola depois do jogo, e em torno de muitas risadas e bobagens veio a brincadeira - ''Bá vamo toma paredão ainda, to sem a identidade rsrs'' - em tom muito descontraído, nunca que eu imaginava que iam nos revistar, nos que somos relativamente conhecidos aqui.
Bem, chegou a hora de voltar para casa, eu e mais dois amigos vamos para a parada. Quando chegamos lá, tem dois policias falando com uma cara, pedindo documento e tal. Nos passamos pelos policias e um dos meus amigos diz - ''Esconde ai Fabricio '' - acho que eles nem ouviram, meu amigos discordou. Estamos sentados no banco, quando os dois policiais nos abordam - ''Mãos para cima, mãos na cabeça'' - eu achei que era brincadeira, enquanto meus amigos já estavam praticamente em pé de frente para o muro eu ainda estava sentado de mãos baixas, até que percebi a seriedade deles.
To tranquilo né, não tenho nada de mais, nada a esconder. Mas parece que tinha gente nervosa junto comigo, para não dizer o nome eu vou chamar ele de ''tchotcho''.
O guarda revistava o Tchotcho e indagou - ''Tá nervoso por que guri? Tá escondendo o que ai? '' - nos que sempre passamos longe de qualquer droga, então eu não consegui me segurar, não tinha como não rir. Depois eu vi que agi errado, podia ter levado umas pancadinhas...por nada. Mas quem me conhece sabe que eu vejo graça onde não tem. ''Isso é pro bem de vocês '' o policial diz. Eu respondo: '' Sei sei '' (com uma voz meio de deboche), ele pergunta com uma voz mais grossa: ''O que"? e eu meio assim, respondo sério dessa vez: '' Eu sei que é pro nosso bem''. Eles, enfim vão embora.
Então eu me pergunto - Será que alguém com drogas ou sei lá o que, iria passar na fente de dois policiais? será que eles iam esperar na parada onde estão os policiais? será que eles estariam numa parada de ônibus? Por que eles abordam as pessoas obviamente honestas e não pegam as obviamente culpadas?
São perguntas sem respostas (deles) que eu acho que eles nunca iram nos responder.

Fabricio Iori