sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Nos campos de Flandres

“E não podemos construir nossos sonhos, com mentes desconfiadas”. Elvis Presley foi um visionário em seu tempo, pois acreditava que não deveríamos desacreditar em nós mesmos, e mesmo após fracassos, nunca perder a esperança. Também, mesmo sendo incogitável uma mudança drástica até certo ponto, não tenha medo de seguir por outro caminho. Nunca desconfiado, sempre certo de que faça o que gosta.
Hoje, dia 11/11/11, faz exatamente 93 anos do fim da I Guerra Grande Guerra, um conflito angustiante, dolorido e que marcaria o mundo por muitos dos anos seguintes. Mas não é pela guerra que esse dia é marcado, mas sim pela paz, pela esperança. No dia 11 de novembro de 1918, nos campos europeus destruídos por intermináveis batalhas, castigados por bombas e assombrosas visões da morte, floresciam papoulas vermelhas, como se fossem belas previsões de tranquilidade.
Parecia impossível haver beleza no meio de tanto caos. Isso, mesmo sendo previsível como a primavera de todos os anos, criou um sentimento esperançoso e acabou com a desconfiança no futuro.
Não há data melhor para uma mudança do que essa.

ROSA, Lucas. Um simples charme para um simples texto de um futuro professor de História.

domingo, 6 de novembro de 2011

Grau Degrau


Venho ao mundo. Ganho colo e carinho. Tenho tudo à mão em questão de um choro. Com o tempo vou ganhando liberdade, e acabo indo para o chão. Não faço muito, me espreguiço e choro pedindo atenção. Sou mimado.
O tempo no chão me faz bem, consigo ter experiencias novas. Já sou um homenzinho... De tanto me debater, virar e revirar, acabo me movendo. As pessoas chamam isso de engatinhar ( ou algo parecido ). Agora, tenho um mundo novo para conhecer e entender.
Crescendo todos os dias, vejo minhas pernas se firmando. Eu ouso, quero é ficar em pé. Me apoiando em móveis e tudo o que vejo pela frente, me ergo. Com as pernas cambaleando, fico em pé. Todos sorriem, se alegram. Luzes fortes piscam na minha frente, pedem para mim '' sorrir ''...
Cansado de ficar parado, largo o apoio e dou alguns passos. Poucos, porque logo caio. Choro. Ganho colo. Não desisto. Choro, mas agora por chão. Ganho e faço tudo de novo: me esperneio, me espreguiço, viro e reviro, engatinho, me levanto... até não cair mais.

Fabricio Iori