segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

O Senhor do Tempo Part. I

Havia algum tempo que eu já me acha um robô, não era produtivo no trabalho, nem me sentia livre o suficiente para criar algo novo.Aquele tinha tudo para ser um dia rotineiro "estudos-serviço-casa" eu já nem lembrava o que era uma vida social, se pelo menos esse esforço vale-se a pena...

Meus pais não estariam em casa e eu esperava conseguir descansar alguns minutos. Subindo os degraus dei de frente com a porta do apartamento entreaberta, comecei a imaginar que meus pais poderiam ter brigado no caminho para a "festa" e alguns dos dois poderia ter voltado, esta ideia foi sepultada no momento em que não senti o cheiro dos cigarros do meu pai ou do incenso que minha mãe dizia que usava para relaxar, só se fosse pra ela relaxar.
Eu já soava frio quando corria pela casa para ver se teriam roubado algo, meu coração se mantinha num ritmo normal até eu checar o meu quarto, minha ampulheta tinha sido virada, a menos de um minutos talvez, ela marcava cinco minutos quando toda areia fosse derramada, ainda lembro das palavras dos meus pais quando eu quis comprá-la:
"Estou dando-lhe isto para você ter ideia de como a vida passa rápido, lembre-se do tempo que está perdendo com besteiras, toda vez que virá-la."
Um medo percorreu minha espinha quando pensei quem poderia tê-la virado, se não havia ninguém em casa, quando parei de observá-la resolvi vasculhar melhor a casa, mas pude sentir aquele cano gelado em meu pescoço posso dizer que não imaginava tudo que poderia ocorrer nos próximos minutos.
A única opção que eu tinha era de chorar, implorar para continuar vivo, mas alguma coisa me dizia que não poderia fazer nada. Nada pelo que eu vinha lutando ultimamente poderia mudar a mente de quem estivesse apontando aquela arma para mim.
Sem saída, fiquei apenas esperando meu julgamento, aquele homem perguntou meu nome e me falou sobre como nos momentos de vida ou morte quem detêm o poder de escolha se torna deus e como todas as coisas porque lutamos perdem valor na hora do julgamento.
Meu medo continuava, mas meu cérebro aos poucos voltava a raciocinar, mas o medo me obrigava a chorar
"Porque, eu fui o escolhido para sentir o sabor da morte?"
Apertando um poucos mais a arma na minha nuca, ele respondeu:


CONTINUA;

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